terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Desabafo indireto de um jogador.


Sorte ou azar? Destino? Estratégia? 

Um dia cheguei apostar algumas de minhas fichas em você. Não foram todas. Sou um jogador. Não me arrisco por completo em jogo nenhum. O risco de perder era grande e eu sabia. Sempre soube. Louco seria se apostasse tudo o que tinha em você. Para minha sorte, não estava enganado. Fui prudente.  Perdi as fichas que apostei. 

Vi e ainda vejo coisas em ti, que ainda me fariam apostar novamente. Mas você e eu somos participantes de jogos diferentes. A vida brinca comigo e com você de formas que só ela entende. Talvez por ser ela que dá as cartas nessa mesa, que você e eu hoje seguimos rotas distintas. Distintas, mas paralelas. 

Eu diria que prefiro assim. Você lá, e eu cá. Mas seria um mau perdedor se o fizesse. Queria-te aqui. Dando as cartas junto comigo. 

Vejo que o tabuleiro da vida é enorme. A cada quadradinho avançado, uma nova descoberta e uma nova aposta foi feita. Os dados do destino foram lançados e nossas rotas se cruzaram. Mas é o jogo da vida. E nesse jogo, nem você, nem eu, temos controle. A sorte aqui, é mera coadjuvante.

As conquistas nesse jogo vão além de cartinhas para trocas, ou de moedinhas cumulativas. 
A vida esfregou na minha cara, que conquistas vão além de coisas palpáveis. 

E nesse jogo de perde e ganha, eu me considero um vencedor. Mesmo tendo saído sem o maior prêmio. Você. Saí com bagagem para a vida. Experiência para o próximo jogo. 

Sem dúvida, quando a vida me convidar novamente para jogar o ardiloso jogo da paixão, eu estarei dois passos a frente do que estava quando comecei a jogar com você. Minha estratégia será diferente. E quem sabe assim, finalmente, eu saia vitorioso e com o prêmio máximo. Um amor. 

Será que nesse jogo cheio de altos e baixos, cheio de adrenalina e de lições para a vida toda, outras coisas valem mais que as experiências adquiridas? 
Essa é uma pergunta que acho que só poderei responder na próxima partida. 

Na roleta russa que você e eu nos enfiamos, não havia uma bala, mas duas. Uma para mim, e uma para você. Eu ganhei a minha e sai do jogo. E você, ainda fica brincando de rodar o tamborete e atirar as cegas? 

6 comentários:

  1. Oie.

    Gostei do seu texto, ficou muito bem escrito e muito, muito bem feito. Curti mesmo.
    É o primeiro do blog né? Então, boa sorte com o blog, e se continuar assim, com certeza vai ter muito sucesso com ele.

    Um abraço!

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    1. Nossa! Muito obrigado pelo comentário. É sim o primeiro do blog. Fico feliz que tenha gostado. Volte mais vezes!!

      Obrigado!!
      Abraço!!

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  2. Texto perfeito!
    Posso sentir o seu Eu lírico em cada linha do texto, (QUe comentario de quem entende) Mas nao entendo nada dessa coisa de Eu lirico! hahaha
    Só sei que o texto é perfeito e que me faz querer ler mais (E olha que eu nao gosto de ler) Amo ler seus textos, parece que sinto tudo oq vc escreve como se estivesse acontecendo comigo na hora da leitura!
    Parabens rafa! Isso aqui ainda vai bombar! =)

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    1. Poxa, Beraldinho, obrigado pelo carinho.
      Se não fosse você me incentivar tanto, o blog não teria nascido.
      Fico feliz de te fazer ler. rs.
      Obrigado, de verdade.

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  3. Nossa, muito bom! Achei lindo! Apaixonei pela metáfora toda. Muito bem escrito e, mais importante, fácil de ler. Parabénsss seu lindo :3

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    1. Oh, minha Ursinha, como falei antes, vindo de você, esse elogio vale muito.
      Obrigado mesmo, pelo carinho e incentivo.

      Beijão.

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